sábado, 2 de junho de 2012

Quando bate no coração, nada nos impede.

Pois então.... depois que estive no centro de triagem ao lado do aterro Santa Tecla e vi que eles conseguem vender (e a um preço razoável) as pets.... desisti do meu ano sem pet.


Mas então..... vamos começar bem esse post: Gurias..... não comprei mais nenhuma roupa, nem meia, nem sapato, nem nada. Deliro por um vestido de festa tomara-que-caia verde, que vejo numa vitrine indo pra PortoDG todos os dias. Estou com vontade de adquiri-lo antes do casamento da minha amiga Elisa, no qual serei madrinha. Isso se, até lá, eu não curtir algum outro vestido só que pra alugar.


Mas ao que interessa... e uma coisa leva à outra... que leva  à outra ... e tudo se conecta. No dia em que participei do movimento que colhia lixo na orla do Iberê conheci o Tiago, do Voluntários do Verde (história 1)  e o Felipe (história 2).

História 1 - Quero seguir em frente com um projeto de reconhecimento de lixo..... pra tirar dúvidas em geral sobre reciclabilidade (se é que existe essa palavra) aqui em Porto. Farei um reconhecimento do que acontece nos centros de triagem, do que é e do que não é reciclável, das dúvidas sobre lavar ou não o lixo, de como projetar embalagens recicláveis... etc.
Caco e Tiago
Pra nos ajudar, o Tiago contatou uma pessoa que tinha certa experiência com pessoas nesses centros, pra unirmos forças. E quem eu encontro? Um ex-fabicano que se formou junto comigo. Ah... os caminhos dessa vida. 
Esse ex-fabicano é o Caco, que lida com oficinas de criação de objetos a partir de resíduos recicláveis ou reutilizáveis. História vem.... história vai e decidimos ir conhecer os centros de triagem de Santa Tecla, em Gravataí, já que, ali, o Caco tinha conhecidos e contatos. 
Nesse meio tempo, sigo conversando com o Marcelo Birck, um amigo feito em uma conversa de bar sobre sustentabilidade, sobre peças em papel machê. O convido pra integrar o projeto. Pra conhecer melhor o lado "de lá" do lixo. Ele concorda.
E quinta-feira, dia 31/5, vamos os quatro pra Santa Tecla. É impressionante a quantidade de lixo. Uma mega montanha de lixo, que dizem ser do mesmo tamanho pra baixo. Chego lá e começo a tirar fotos. Logo..... uma pessoa vem correndo, nos proibindo de tirar fotos. Estranho..... nada demais, é lixo. Intrigada com isso, publico a foto aqui, claro. Observem que a marcação vermelha é uma empilhadeira de uns 3m de altura. Imaginem o tamanho da montanha.
Lixo em Santa Tecla. Dizem que pra baixo do solo, é do mesmo tamanho. Ou seja, isso tudo X2.
Sim, a montanha é toda de lixo.... metros e metros de altura. Sim.... me impressionei.
O que importa, porém, foi o contato que eu tive com o centro de triagem ali ao lado. Foi o primeiro contato direto que tive com esses trabalhadores, simpaticíssimos e prestativos. E, a partir desse contato, pude criar uma metodologia para quando eu começar a fazer contato com os centros daqui de Porto Alegre.

Marcelo Birck tocando a "bateria-de-resíduo"
Não posso deixar de dizer que a visita teve outros pontos interessantes. Um deles foi ouvir uma bateria sendo tocada, ao mesmo tempo em que um dos integrantes do grupo tinha sumido.... hehehe. E não é que o Marcelo achou uma bateria feita de resíduos? Funcionava bem. Estava ótima, bom som. E ainda estamos tentando comprá-la ou descobrir quem a montou, tamanha nossa surpresa.

Bom..... sei que é muita informação pra um mesmo post.... mas a vida é assim, não? Nem sempre controlamos  a velocidade dos acontecimentos.

História 2 - Também tenho conversado com o Felipe Denz, que conheci no dia da limpeza da Orla do Iberê. Descobri que ele participou de alguns Oásis, um projeto maravilhoso, exemplo no vídeo abaixo. 

Estou apaixonada pelo Oásis. No próximo já sinalizei que quero participar.

No mais, o Felipe está gerenciando o projeto Paixão pela Leitura, no qual faço parte da rede de amigos/contatos que vai ajudar no projeto. Esse projeto dele faz parte da ida dele pro projeto Guerreiros sem Armas (postei o blog do Felipe ali ao lado, pra quem quiser conferir). Ou seja, segundo ele fala no blog, é "Preciso fazer um recorte consciente de um grande sonho e trazer ele para o presente, de forma a torná-lo realizável de imediato e com os recursos disponíveis", como uma tarefa a ser realizada em paralelo com os Guerreiros sem Armas. Olha a apresentação no prezi: http://prezi.com/14h1vojwpf-u/gsa-2012-paixao-pela-leitura/

Então é isso, gente. Sem roupas, com muitos amigos e projetos novos e completamente apaixonada por essa nova realidade que significa" transformar a realidade". Fazia tempo que eu não me sentia tão tranquila e satisfeita com as minhas escolhas, mesmo no meio da correria, mesmo tendo que gerenciar isso tudo com o trabalho..... é aquela coisa.... quando bate no coração, nada nos impede, não?


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Um ano sem garrafas plásticas

Ok... quase um mês depois apareço. Juro que a culpa me acompanha.

Gente, nesse mês não comprei roupas não. Por uma série de fatores, mas acho que o principal (além da minha cabeça dura) é o fato de eu não fazer das compras um passatempo. Não mais.
Estive em Lages na casa dos meus pais e não levei meias (que ou estavam sujas ou secando). Aí, lá saí com a minha mãe e comprei dois pares. Foram as "compras de roupas" do mês.

no mais.... no mais.... andei fazendo coisas muito legais. Assistam o vídeo, limpamos a orla do Guaíba, em frente ao Iberê. Foi uma das coisas mais bacanas que fiz em (e por) Porto Alegre.


E... gente..... agora estou pensando num novo ano. E o tema... quase fechado é "um ano sem garrafas plásticas". Aqui em casa eu tenho um filtro da Brastemp. Ele apareceu na minha vida depois que eu cansei do gosto estranho da água de Porto Alegre no verão, mesmo pra cozinhar. E hoje ele evita muito plástico consumido. E é dali que eu pego água pra academia, pro escritório e pra quando eu viajo.

Só que.... ao participar do maravilhoso e memorável TEDx Laçador, com a palestra do Andres Fernandez, mostrando que o plástico está destruindo o mar... aí pensei: e porque não? Um ano sem garrafas plásticas? Até porque, na minha manhã de catadora de lixo, eu vi muito, mas muito plástico. Muitos sapatos (alguns novos)... e uma latinha de cerveja. Aí eu pensei: latinha, hum? Isso vale dinheiro, por isso praticamente não é mais lixo.... e um ano sem garrafas plásticas. Seria ótimo. Fora o prazer mórbido de enlouquecer a minha família e os meus amigos com isso. :)

Sobre o plástico no oceano: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/4830.
Que me dizem? Um ano sem garrafas plásticas?

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sem roupa, mas inventando moda!

Eu, Ana Cláudia e Letícia, no baile do aniversário de Porto Alegre.
Pois bem. Quase um mês desde a última postagem. É verdade, a culpa me consome. Mesmo assim, procrastino demais as postagens.

Fui ao baile da cidade. Muito bacana ver a interação das pessoas, em plena madrugada, no gramado central da Redenção.

A PortoDG está em novo endereço. Agora vou e volto a pé do escritório. Estou em plena reforma e arrumações da nova sala, o que explica (um pouquinho) esse meu desaparecimento de quase um mês.

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Comprei (1) e comprei (2).
(1) um casaco e uma camisa. Novos, fora da ideia sustentável. Nenhum por impulso, ambos pensados e equacionados.
(2) Achei um ótimo Brechó, caminho de casa: Rababtom. A dona, Elis, é um amor e super caprichosa. Mantém as roupas limpas (o que sabemos que nem sempre se vê em brechós), tem ótimo gosto e ainda faz mini consertos. Ah, claro, o melhor: aceita nossas roupas nas trocas. Bom, o que eu levei pra trocar eram aquelas coisas novas ou semi-novas, lá no armário, sem uso há muito tempo. Gente... foram 2 camisas, 2 blusas, um anel e um cinto adquiridos por  R$ 72,00. Claro, com as minhas peças na troca, também.
RADABTOM: Protásio, 2414. Perto da esquina com a Iují, ao lado da Ortobom. O fone ali é (51) 3072.8672.

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A pedidos: a defesa do meu mestrado é dia 19/04, às 15h. Na Uniritter. Sim, estou receosa, o medinho antes da apresentação. O tema articula metodologia projetual e sustentabilidade. É aberto a quem quiser me ver. Torçam por mim!

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Inventando moda: bom, além de eu pirar meu marceneiro reaproveitando e redesenhando todos os móveis possíveis (rsrsrs), decidi que não vou começar a comprar roupas apenas com base no meu julgamento e nas minhas (supostas) necessidades. Venho de um guarda-roupas de usados, sem muito estilo. Decidi procurar e orçar uma personal stylist. No início, achei estranha a ideia, que me foi sugerida. Só que.... pensando bem.... com personal tainer, arquitetos, designers.... o resultado sempre é muito, mas muito melhor. Não só vendendo o meu peixe (pois sou uma "publi-designer"), mas nunca me arrependi de contratar esse tipo de serviço. Mesmo investindo, como o resultado é bem melhor, tudo fica mais barato. E agora vou experimentar a stylist-woman. Projeto... bem feito.... é algo que sempre dá certo!

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Em breve conto mais novidades. E prometo voltar a colocar fotos! Pra mostrar as roupas, claro!

sábado, 17 de março de 2012

Ser sustentável dá trabalho

Verdade seja dita. Separar o lixo é mais trabalhoso do que se livrar dele de qualquer jeito. Lavar o lixo também.
(...) Criar filhos dá trabalho. Estudar é trabalhoso. Trabalhar dá trabalho também :).
Vejamos, então, que até conquistar uma pessoa dá trabalho. Se arrumar, arrumar a casa, preparar um jantar. Cuidar de um jardim. Ler um livro. Produzir qualquer coisa.
Hum....
Pra quê se vive, mesmo?

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Ficando claro que esse não é um blog chato de lição de moral: ainda deixo muitooooo a desejar. O meu maior pecado é o carro e o ar condicionado no verão (assim como as estufas no inverno). E escrever no blog também dá um certo trabalho, mas estou me esforçando. Esse não é um blog lição de moral, porque não tenho todas as respostas. Não tenho, sequer, um pequeno percentual delas. Esse é um blog pra pensarmos juntos. E pensar dá trabalho, incomoda, nos tira da zona de conforto.

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Das roupas: sim, destruo sapatos. Se alguém tiver uma dica, me ajuda. Destruo todos. Só os tênis sobrevivem, porque só os uso na academia. Se eu começar a correr na rua, eles também se vão, tenho certeza. Meu sapato usa-flex do recesso de um ano (comprado em setembro) está se destruindo pro dentro, das formas mais impensáveis. Das marcas que já usei, a mais resistente é a Arezzo. E algo que dura é sustentável. Essas sandaliazinhas de R$ 30,00, que sempre achei uma boa opção, parei de comprar, depois que uma perdeu as alças no meio da rua e a outra perdeu um salto enquanto eu descia do táxi.

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Das pesquisas, observações e leituras: sabe, cada um puxa pro seu lado o movimento: os veganos dizem que criar animais é o que mais destrói o planeta. Os das bicicletas dizem que é a poluição dos carros (e, convenhamos, mesmo com o carro elétrico... dê-lhe bateria). Os que curtem ficar em casa, dizem que viajar de avião é o pior. Os que não têm filhos falam mal do excesso populacional e pregam diminuirmos os descendentes. E assim por diante.
Todos têm um pouco de razão, eu realmente não saberia apontar o mais correto. Acho só que podemos diminuir um pouco de tudo, não? Comer menos carne, andar mais de bicicleta e a pé (e claro, tirar proveito do transporte público), tentar priorizar o turismo ecológico, comprar menos. Usarmos direitinho os métodos anticoncepcionais, pra caso haja descendentes, que sejam planejados, os fofos.
Terça-feira, pela primeira vez, encontrei amigos no Café Cantante ali do Bonfim, umas 20h, de lotação. Peguei ela aqui perto de casa, na Protásio. Besta, não? Mas me achei "a sustentável". Quebrei muitos paradigmas, fazendo isso: o paradigma da "pati que só andava de táxi", e o paradigma do "medo da violência urbana". Não parece bobo? Mas foi algo que me marcou. 

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Agora vou arrumar esse apartamento - "a lenda da mudança da Évelyn". Arrumar a casa é sustentável. Se livrar do que não serve mais, separando o lixo, claro. E visualizando se realmente precisamos comprar coisas novas. De um modo geral, com organização e criatividade, nossa lista de compras diminui. Façam o teste. Bom findi a todos.

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Ah, pra finalizar o post: hoje tem piquenique na praça Japão aqui em POA, com o objetivo de dar nova vida aos lugares públicos e cheios de verde. Super sustentável e bonito. Vamos?

quinta-feira, 15 de março de 2012

Blogueira de araque

Sim. Essa blogueira que vos fala costuma desaparecer. Ela pensa, sempre com ideias de novos posts e outros assuntos a abordar... mas fica só em pensamento. Hoje, porém, reapareço.
Queria muito falar da minha dissertação e dos meus planos. Mas ainda vou esperar a banca de defesa, tudo direitinho pra divulgar a ideia e contar a experiência de ter escrito uma dissertação. Além do mais, este é um blog sobre consumir roupas. E eu, voltando ao consumo de roupas, vou aos poucos descrevendo essa experiência de "nova consumidora".

Que posso dizer? Em quase 17 meses, foram três blusas, um vestido, uma calça e um sapato preto. E deu! Agora só volto a fazer esse tipo de coisa (comprar roupas) perto do meu aniversário e se for o caso (meu aníver é em julho). De todas as peças, o vestido é o que eu ainda tenho dúvidas se usarei bastante ou não, apesar de eu estar super bem assessorada por amigas no momento da compra. Sou da geração calça jeans.

Impressões: gente..... tá tudo muito caro, tudo absurdamente caro. Só que agora, pra mim, comprar roupa é como ir no super antes de janta aqui em casa: sei exatamente o que quero comprar. E ponto, nada por impulso ou pra gastar tempo. Por impulso só livros.... ah, os livros....

Vejam bem: com roupas eu tenho essa birra, já. Cosméticos são caros e alguns de funcionalidade duvidosa. E como eu uso muito filtro solar, isso já custa bastante. Bugigangas: odeio bugigangas, mesmo (meu lado homem). Comida: estraga rápido e eu sou a senhora da dieta. Então, sobraram livros e revistas pro meu lado impulsivo (ok... também não resisto a uma coca zero gelada num dia quentee a biscoitos de polvilho aqui da fruteira ao lado... mas refri só em lata - que reciclamos mesmo - e os biscoitos costumam ser feitos em cidadezinhas próximas daqui).

Bom, entro em lojas normalmente, acompanho minha mãe e minhas amigas... tudo na boa. A visão do consumo é que ficou diferente. Pra muita coisa. Minha casa (inclusive) está cada vez mais espaçosa, mais limpa, enfim, essa coisa do fluido (da energia correndo) é bom pra mim e pras minhas coisas.... até os pensamentos ficam menos embaralhados onde há menos objetos. 

E... finalizando esse post, montei o pedestal e um teclado velho que veio da casa dos meus pais. Nada se comparar à maravilha de ter um piano, mas pra quem estava há anos sem instrumento em casa, tem me divertido. E sabem o quê? Taí uma coisa sustentável: tocar um instrumento. É como academia, você só gasta energia do corpo. Claro, um teclado precisa de energia elétrica, mas nem se compara a uma TV de várias polegadas ligada. Tenho ficado bastante tempo brincando com ele e hoje tirei "as time goes by", só o solo. Diversão lúdica. O plano é comprar, daqui há alguns meses, um piano elétrico. Aí sim, quem sabe volto a fazer aulas...... ai, tão bom, música de volta em casa :).

Boa noite!


domingo, 26 de fevereiro de 2012

16 meses e duas blusas

Ih.... quase dois meses depois ela reaparece. Ao menos, agora, a dissertação está em 99,9%. Alívio!
O que andei aprontando: não me lembro ao certo a data, mas fechava, quase perfeitamente, 16 meses. E havia um compromisso bobo, que, sem mais nem menos, me deixou insegura. Eu estava ansiosa, feliz e insegura. Resolvi.... que poderia iniciar uma fase nova na minha vida. Decidi que compraria uma blusa para o evento, quebrando a promessa dos dois anos. E o tiro saiu muito pela culatra: o shopping estava lotado, eu estava cansada, era a última loja que eu entrava, comprei duas blusas.
Ao chegar em casa..... claro: acabei indo ao tal compromisso com uma blusa que eu já tinha... e as duas blusas precisaram de reformas na costureira pra ficarem bem como eu gosto. Assim sendo... senti na pele: precisamos dar mais crédito ao nosso guarda-roupa. Porque tudo que está lá (ao menos no 1/3 predileto) e fica lindo na gente.
E não comprei mais nada. Já tive vontade. Os sapatos, principalmente, estão no limite, mesmo com idas ao sapateiro. Então, mudanças chegando: em breve mudarei a PortoDG de lugar. E poderei ir e voltar ao trabalho a pé. Claro, idas a alguns clientes ainda vão exigir o carro, mas isso vai diminuir muito a minha emissão de gases tóxicos. :) Minha ideia: assim que eu estiver de escritório novo, posso voltar a comprar roupas.

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Outra história: formatura da minha prima Carol, em janeiro - antes do momento blusas. Daquelas com missa num dia, jantar no outro, festa no outro. Como fiz? Bom, eu não ia alugar, essa ida pra Juíz de Fora já era um investimento (ela se formou em medicina, na faculdade de lá). Vasculhei o armário. Achei um corpetezinho de um baile de debutantes, em Caxias do Sul, de 1997. Aham. Todo brilhoso. Lindinho. Felizmente (muito felizmente) precisava ser ajustado. Vamos à costureira (tem uma ótima a duas quadras aqui de casa). Corpete ajustado, outra blusinha arrumada.... etc.... pronto: roupa para todos os dias do evento. Mas não achei nenhuma foto em que eu apareça com ele (em destaque), o corpete. Verei com meus primos. Fico devendo. Me senti bem linda, mesmo sem roupa de festa nova.

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Acabei o trabalho da dissertação, no qual eu proponho tornar reciclável uma embalagem que, até então, não possibilitava isso. E que também não era compostável. Acompanho o processo. Vou aos fornecedores de impressão. Consigo resultados satisfatórios. Com esse fechamento, consigo ter mais tempo livre. Pra cuidar da casa, pra ir ao supermercado, pra acompanhar o frenesi que se instala no país no pré-carnaval. E..... juntando tudo isso.... vejo que o consumo, as embalagens, a vontade de acumular (tralha) segue firme e forte no mundo. Ao mesmo tempo em que grande parcela da população mundial não tem o básico..... complexo. Às vezes desanimo um pouco e me acho até hipócrita, por levar uma vida confortável e andar por aí de carro, mesmo pregando sustentabilidade. Mas às vezes acho que toda proposta de pensar novo, pensar diferente, é válida. E estou me animando a sair mais de casa de bicicleta - um baita paradigma pra mim, que sou barbeirérrima com esse meio de transporte limpo e sociável.

Desabafos à parte, sigo sem roupas, mas com duas blusas. E em breve sem carro diário. Os manterei informados.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sem roupa nos EUA e novos desafios

Oi, gente. Feliz 2012.
Preciso colocar aqui que tive uma amiga que conseguiu a proeza de um ano sem roupas, e morando no EUA, o mega-paraíso-do- consumo.com. Explicando: a Lucila é amiga de longa data. Estudamos juntas, na Fabico, de 99 a 2003. Ela fez carreira fora do país, trabalha com marketing, hoje numa editora dos EUA. Eu fiquei em Porto Alegre e, mesmo assim, mesmo longe, mantemos forte contato e falamos direto.
Empolgada com a minha ideia, resolveu fazer por lá também o "ano sem roupas".
Lu: amiga sem roupa nos EUA!
E, vejam só: conseguiu. Depoimento: Último dia do meu "ano sem roupas" :) obrigada Evelyn Pela inspiracao! Foi um otimo desafio e aprendizado!! (em 31/12/11). Foram 3 deslizes: o vestido pro casamento da minha prima, um tênis novo pra corrida pq o atual estava matando minhas unhas uma por uma!, e um maio de natação.... Porque eu queria comecar a nadar (não comecei)... Mas enfim, pelo menos os 2 primeiros deslizes foram por bons motivos! :)
Lu!!!!  Orgulho de ti. E, ainda, num lugar onde tu compra uma blusinha bacana por 3 dólares, às vezes! Super disciplinada!


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Gente... não comprei roupas novas ainda. Andei gastando na costureira, tenho uma formatura findi que vem. Inventei uma faixa pra dar um novo ar ao meu tubinho preto básico - na foto, abaixo - e usei no Reveillon (ah, não uso branco, não dou bola pra essa tradição). Criatividade versus consumo. 
Mas estou afim de um novo desafio. Pensei em tentar passar um ano sem comprar nada made in China e tentar primar por coisas locais. Pq sem roupa eu vi que dá.... mas sem "China" tá parecendo impossível. O que vocês acham? Será, hein? Ideias? 
O vestido preto com a faixa rosa. Que "originalmente" é uma echarpe.
Posso, inclusive, incomodar as gráficas com as quais trabalho e perguntar de onde vem a tinta e de onde vem o papel (evelynmala.com). Aí, o "ano sem" sai da parte pessoal e incomoda também no trabalho. Enfim, sustentabilidade é o propósito. Aguardo opiniões do um novo desafio.

Enquanto isso, conto que esse ano e meio sem roupas me deixou menos consumista no geral. Mais crítica. Sei que gasto energia e que ainda desperdiço muito com outras coisas, mas estou tentando equilibrar essa visão dos 3R's (reduzir / reutilizar / reciclar) com continuar sendo um ser social. E sabem que não é tão complicado quanto parece? Além de muitos amigos e parentes simpatizantes, quando você não quiser consumir ou comer algo, simplesmente diga não. E pronto. Dar discurso.... tentar convencer.... não rola. Aí fica sendo mala sustentável. Só um "não, obrigada" basta.
E o olhar de alguém que sabe do blog... aquele olhar cúmplice-debochado faz muita coisa valer a pena. Hehehe... 

Agora tirei uns dias de férias com a família e aqui encontrei primos que companham o blog. Às vezes surge a pauta "roupas". E os olhares são divertidíssimos :P.