domingo, 26 de fevereiro de 2012

16 meses e duas blusas

Ih.... quase dois meses depois ela reaparece. Ao menos, agora, a dissertação está em 99,9%. Alívio!
O que andei aprontando: não me lembro ao certo a data, mas fechava, quase perfeitamente, 16 meses. E havia um compromisso bobo, que, sem mais nem menos, me deixou insegura. Eu estava ansiosa, feliz e insegura. Resolvi.... que poderia iniciar uma fase nova na minha vida. Decidi que compraria uma blusa para o evento, quebrando a promessa dos dois anos. E o tiro saiu muito pela culatra: o shopping estava lotado, eu estava cansada, era a última loja que eu entrava, comprei duas blusas.
Ao chegar em casa..... claro: acabei indo ao tal compromisso com uma blusa que eu já tinha... e as duas blusas precisaram de reformas na costureira pra ficarem bem como eu gosto. Assim sendo... senti na pele: precisamos dar mais crédito ao nosso guarda-roupa. Porque tudo que está lá (ao menos no 1/3 predileto) e fica lindo na gente.
E não comprei mais nada. Já tive vontade. Os sapatos, principalmente, estão no limite, mesmo com idas ao sapateiro. Então, mudanças chegando: em breve mudarei a PortoDG de lugar. E poderei ir e voltar ao trabalho a pé. Claro, idas a alguns clientes ainda vão exigir o carro, mas isso vai diminuir muito a minha emissão de gases tóxicos. :) Minha ideia: assim que eu estiver de escritório novo, posso voltar a comprar roupas.

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Outra história: formatura da minha prima Carol, em janeiro - antes do momento blusas. Daquelas com missa num dia, jantar no outro, festa no outro. Como fiz? Bom, eu não ia alugar, essa ida pra Juíz de Fora já era um investimento (ela se formou em medicina, na faculdade de lá). Vasculhei o armário. Achei um corpetezinho de um baile de debutantes, em Caxias do Sul, de 1997. Aham. Todo brilhoso. Lindinho. Felizmente (muito felizmente) precisava ser ajustado. Vamos à costureira (tem uma ótima a duas quadras aqui de casa). Corpete ajustado, outra blusinha arrumada.... etc.... pronto: roupa para todos os dias do evento. Mas não achei nenhuma foto em que eu apareça com ele (em destaque), o corpete. Verei com meus primos. Fico devendo. Me senti bem linda, mesmo sem roupa de festa nova.

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Acabei o trabalho da dissertação, no qual eu proponho tornar reciclável uma embalagem que, até então, não possibilitava isso. E que também não era compostável. Acompanho o processo. Vou aos fornecedores de impressão. Consigo resultados satisfatórios. Com esse fechamento, consigo ter mais tempo livre. Pra cuidar da casa, pra ir ao supermercado, pra acompanhar o frenesi que se instala no país no pré-carnaval. E..... juntando tudo isso.... vejo que o consumo, as embalagens, a vontade de acumular (tralha) segue firme e forte no mundo. Ao mesmo tempo em que grande parcela da população mundial não tem o básico..... complexo. Às vezes desanimo um pouco e me acho até hipócrita, por levar uma vida confortável e andar por aí de carro, mesmo pregando sustentabilidade. Mas às vezes acho que toda proposta de pensar novo, pensar diferente, é válida. E estou me animando a sair mais de casa de bicicleta - um baita paradigma pra mim, que sou barbeirérrima com esse meio de transporte limpo e sociável.

Desabafos à parte, sigo sem roupas, mas com duas blusas. E em breve sem carro diário. Os manterei informados.